A borboleta pousou sobre a pedra, mas
algo fez com que a pedra esmagasse a borboleta. Só restou a pedra.
De repente o sol se pôs, o céu se fechou
em espessas nuvens de agonia e os trovões se confundiram com os gritos dos seus
pensamentos. Não há como evitar a tempestade.
Só há silêncio no coração. O que havia
sido criado como certo começa a ruir ao redor, puxam-lhe as asas tentando
arrancá-las e os ossos das pernas parecem pulverizar.
O evento, que para alguns pode parecer violento e
triste, é bem mais corriqueiro e necessário do que se pensa (ou deseja).
Diante da indiferença, da rudeza cruel
das palavras que ferem, diante de atos e gestos incompatíveis com sua natureza,
alguns preferem dar as costas a si mesmos, negando sua face, permanecendo seguros
longe dos espelhos.
Diferente destes, a nova lagarta irá esquadrinhar seu casulo
enquanto aguarda novas asas – sim, ela voará outra vez e outra vez ainda .
Só no escuro é possível contemplar as lágrimas
cintilando no escuro como se fossem estrelas na noite e deixá-las cair para que
dêem lugar a novas luminescências.
O tempo... o tempo é contingência...
Por um momento, só há o silêncio e a
pedra.
E na pedra foram escritas lições.
Lições que trazem a certeza de que
nunca nos pode faltar uma direção para o olhar, confiança em nossos propósitos,
respeito aos nossos limites e a determinação de ir além do medo...
Mas nada de abrigar-se da chuva – ela sai sob a água
torrencial, dando-lhe a oportunidade de lavar seu pó ainda que corra os riscos
de quem sai na tempestade... pois é preferível a morte de alma limpa à uma vida
soterrada na pesada poeira do abandono de si.
Confessa o medo e usa o sorriso como
escudo.
As asas de quem é capaz de ver o belo nunca são
arrancadas, apenas mudam de cor.
Não há como evitar problemas, aflições
nem dores. Estamos todos expostos à vida e a vida segue seu curso a despeito de
nossas urgências...
Mas há como atravessar as sombras e sair delas ainda mais fortes, se pudermos ouvir nosso silêncio. Isso significa saber quem se é e o rumo que é justo
seguir.
É a garantia que temos de que nossos ossos serão
restaurados e as asas de nossos sonhos não serão nunca arrancadas.
Porque a vida sem sonhos é vácuo, e se
não podemos ser absolutos, jamais aceitemos ficar obsoletos.
Não aceitemos ser pálidos, opacos nas brumas da rotina, perdidos
como zumbis na esteira automática de quem não tem destino.
Não há como viver um novo futuro
usando velhas muletas.
Há tempo de agonia, há tempo de restauração e há tempo
de novas trilhas, novos vôos, nova vida. Sempre.
A borboleta pousou sobre a pedra, mas
algo fez com que a pedra esmagasse a borboleta. Só restou a pedra.
De repente o sol se pôs, o céu se fechou
em espessas nuvens de agonia e os trovões se confundiram com os gritos dos seus
pensamentos. Não há como evitar a tempestade.
Só há silêncio no coração. O que havia
sido criado como certo começa a ruir ao redor, puxam-lhe as asas tentando
arrancá-las e os ossos das pernas parecem pulverizar.
O evento, que para alguns pode parecer violento e
triste, é bem mais corriqueiro e necessário do que se pensa (ou deseja).
Diante da indiferença, da rudeza cruel
das palavras que ferem, diante de atos e gestos incompatíveis com sua natureza,
alguns preferem dar as costas a si mesmos, negando sua face, permanecendo seguros
longe dos espelhos.
Diferente destes, a nova lagarta irá esquadrinhar seu casulo
enquanto aguarda novas asas – sim, ela voará outra vez e outra vez ainda .
Só no escuro é possível contemplar as lágrimas
cintilando no escuro como se fossem estrelas na noite e deixá-las cair para que
dêem lugar a novas luminescências.
O tempo... o tempo é contingência...
Por um momento, só há o silêncio e a
pedra.
E na pedra foram escritas lições.
Lições que trazem a certeza de que
nunca nos pode faltar uma direção para o olhar, confiança em nossos propósitos,
respeito aos nossos limites e a determinação de ir além do medo...
Mas nada de abrigar-se da chuva – ela sai sob a água
torrencial, dando-lhe a oportunidade de lavar seu pó ainda que corra os riscos
de quem sai na tempestade... pois é preferível a morte de alma limpa à uma vida
soterrada na pesada poeira do abandono de si.
Confessa o medo e usa o sorriso como
escudo.
As asas de quem é capaz de ver o belo nunca são
arrancadas, apenas mudam de cor.
Não há como evitar problemas, aflições
nem dores. Estamos todos expostos à vida e a vida segue seu curso a despeito de
nossas urgências...
Mas há como atravessar as sombras e sair delas ainda mais fortes, se pudermos ouvir nosso silêncio. Isso significa saber quem se é e o rumo que é justo
seguir.
É a garantia que temos de que nossos ossos serão
restaurados e as asas de nossos sonhos não serão nunca arrancadas.
Porque a vida sem sonhos é vácuo, e se
não podemos ser absolutos, jamais aceitemos ficar obsoletos.
Não aceitemos ser pálidos, opacos nas brumas da rotina, perdidos
como zumbis na esteira automática de quem não tem destino.
Não há como viver um novo futuro
usando velhas muletas.
Há tempo de agonia, há tempo de restauração e há tempo
de novas trilhas, novos vôos, nova vida. Sempre.